| Prefeita perde a autoridade no municipio de São Francisco do Brejão. |
Em um dos casos apurados pelo MP, onde uma estudante da Escola Maria Pinheiro, do povoado Trecho Seco, informou que dezenas de alunos estariam sendo prejudicados pela falta de transporte. Em caso inusitado e confirmado pelo Coselho Tutelar do municipio, um aluno - menor e desabilitado - precisou conduzir o veículo por que o motorista não se apresentou. Apesar disso, a Secretaria Municipal de Educação tratou o caso como “mal-entendido” e manteve o motorista em atividade, chegando a negar posteriormente a ocorrência dos fatos — o que o MP considera contradição grave e possível tentativa de acobertamento.
Em outro caso em investigação, um aluno sem habilitação foi obrigado a dirigir o ônibus escolar após o motorista abandonar a função; um estudante com deficiência mental precisou caminhar mais de 3 km no escuro, porque o motorista se recusou a deixá-lo em casa; e omissões recorrentes do condutor, que teria falsamente alegado problemas mecânicos para não cumprir as rotas.
Além disso, o MP apontou que o município não renovou a adesão ao Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar (PEATE) desde 2020, embora ainda receba recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE).
A Promotoria de Justiça de Açailândia avalia que a omissão do poder público e a falta de apuração formal podem caracterizar ato de improbidade administrativa, e determinou a continuidade das investigações para responsabilizar os envolvidos.


O juiz Rafael de Lima Sampaio Rosa, titular da Vara Única da Comarca de Arame, decidiu pela aceitação de denúncia apresentada pelo Ministério Público, tendo como investigados seis advogados que atuam regularmente na comarca na área criminal. As acusações, que tramitam sob diferentes processos, tratam de supostos crimes de apropriação indébita e uso de documento falso, conforme tipificações previstas no Código Penal brasileiro. As denúncias foram apresentadas após a conclusão de inquéritos policiais instaurados pela Delegacia de Polícia Civil de Arame e, ao serem analisadas pelo juiz, tiveram seu recebimento formalizado, com o consequente início das ações penais.








