
A Justiça de Imperatriz decidiu liberar, mediante medidas cautelares, Hayldon Maia de Brito, detido após agredir violentamente a própria esposa na cidade de Imperatriz, Sudoeste do Maranhão. O episódio, ocorrido entre a noite de sábado, 22, e a madrugada de domingo, 23, ganhou enorme repercussão porque o crime foi registrado pelo filho do casal, que entregou as imagens à polícia.
De acordo com relatos da ocorrência policial, Hayldon teria chegado embriagado em casa, obrigado a companheira a ingerir bebida alcoólica e iniciado uma sequência de agressões, com tapas e violência física, enquanto a vítima estava impossibilitada de reagir. O filho, desesperado, filmou tudo e acionou a denúncia imediatamente, o que resultou na prisão em flagrante do agressor. A mulher, ferida, precisou de atendimento médico.

Nas imagens, ele afirma que a mulher “teria travado” e estaria “atrapalhando sua vida”, dizendo ainda que ela deveria “ajudá-lo, não atrapalhar”, momentos antes de continuar com as agressões. O contexto da fala, segundo a polícia, seria por conta da recente separação do casal.
Após ser apresentado à Polícia Civil e autuado por lesão corporal no contexto de violência doméstica, o acusado foi levado para audiência de custódia neste domingo, 23. O juiz plantonista Frederico Feitosa de Oliveira acolheu o pedido do Ministério Público e concedeu liberdade provisória, entendendo que não havia elementos suficientes para manter a prisão preventiva.
Na decisão, o magistrado argumentou que medidas restritivas seriam suficientes e proporcionais, pois não estaria presente, segundo ele, o risco concreto para o andamento do processo.
“Não se revela necessário e proporcional a decretação de prisão preventiva, dada a inexistência de gravidade em concreto do delito e de risco para a efetividade do processo ou qualquer dos requisitos do art. 312, caput, do CPP, sendo suficiente a fixação de medidas cautelares diversas da prisão”, determinou o magistrado.
A decisão provocou forte indignação em setores da sociedade e de defesa das mulheres, sobretudo pelo histórico do acusado: Hayldon Maia já foi condenado por homicídio em 2012 pela morte do técnico em refrigeração Lúcio Silva de Carvalho, cumprindo pena em regime semiaberto.
O caso segue sob investigação e a vítima permanece sob medidas de proteção previstas na legislação.
“Tenho certeza que onde minha mãe estiver, ela está muito feliz, pois esta iniciativa vai ajudar não só os filhos dela, mas os de muitas outras pessoas”.





Os vereadores